As espadas
Apesar de ter bases no fim do Império Romano e na Idade do Ferro dos Germânicos, as características finais mudariam para sempre a metalurgia das espadas na Era Carolíngia.
A princípio, o contato entre romanos e germânicos fez florescer estilos de espadas que são apontadas como "Espadas do Período Migratório", que abrangem o extenso período entre os séculos IV e VII, sendo presente até parte do século VIII. Ainda em questão de datação, alguns especialistas defendem que por volta de 600 d.C as Spathas perderam suas raízes romanas e passaram a fazer parte de derivações mais autênticas. De fato, esse período extenso resultou nas mais diversas pequenas variações, mas sem nunca deixar de lado a sua natureza puramente voltada aos golpes cortantes.
A sua principal característica consiste na manutenção e até na ampliação do longo tamanho das Spathae, com seus modelos variando de 75 a 90 centímetros; as suas versões mais tardias chegaram a ter 1 metro inteiro de comprimento total. As guardas também passaram a ser um pouco maiores, com o formato variando de acordo com o lugar e época, embora a tendência das guardas arredondadas ser sempre a mais popular. Fullers (sulcos ou valas presentes no centro da lâmina) continuaram a ser populares, até mesmo no caso dos fullers duplos, que viriam a desaparecer e só renasceriam séculos depois.
Neste período a espada não era uma arma de um guerreiro comum, sendo praticamente reclusas aos chefes tribais. Por causa disso elas tendiam a ser melhor adornadas do que qualquer outro equipamento militar da época, utilizando partes de metais decorativos no punho, metalografia (escrita em metal) e a técnica metalúrgica conhecida como padrão de soldagem (ing. pattern welding). Esses "padrões de soldagem" remetem a composições de ferro, aço e consequentes (pequeníssimas taxas de tungstênio, fósforo e outros metais extraídos junto com o material primário) de diferentes concentrações, resultando num desenho retorcido e curioso que deixava as espadas com um fio mais poderoso e tornava a lâmina mais flexível e resistente; uma inovação atrativa para época, já que a lâmina não se deformaria, danificaria ou vibraria desconfortavelmente com a mesma frequência ao receber choques mecânicos de outras espadas ou escudos. Uma observação interessante é de que não é possível traçar as raízes ou inspirações externas que permitiram o uso de Padrões de Soldagem nas forjas durante os séculos VI e VII, o que nos dá certo firmamento histórico para concluir a sua descoberta foi um dos poucos méritos europeus da Alta Idade Média. Apesar disso, a evolução metalúrgica na Era Carolíngia colocou as técnicas tradicionais de soldagem em decadência, até desaparecer completamente ao fim da Era Viking.
Apesar de ter bases no fim do Império Romano e na Idade do Ferro dos Germânicos, as características finais mudariam para sempre a metalurgia das espadas na Era Carolíngia.
A princípio, o contato entre romanos e germânicos fez florescer estilos de espadas que são apontadas como "Espadas do Período Migratório", que abrangem o extenso período entre os séculos IV e VII, sendo presente até parte do século VIII. Ainda em questão de datação, alguns especialistas defendem que por volta de 600 d.C as Spathas perderam suas raízes romanas e passaram a fazer parte de derivações mais autênticas. De fato, esse período extenso resultou nas mais diversas pequenas variações, mas sem nunca deixar de lado a sua natureza puramente voltada aos golpes cortantes.
A sua principal característica consiste na manutenção e até na ampliação do longo tamanho das Spathae, com seus modelos variando de 75 a 90 centímetros; as suas versões mais tardias chegaram a ter 1 metro inteiro de comprimento total. As guardas também passaram a ser um pouco maiores, com o formato variando de acordo com o lugar e época, embora a tendência das guardas arredondadas ser sempre a mais popular. Fullers (sulcos ou valas presentes no centro da lâmina) continuaram a ser populares, até mesmo no caso dos fullers duplos, que viriam a desaparecer e só renasceriam séculos depois.
Neste período a espada não era uma arma de um guerreiro comum, sendo praticamente reclusas aos chefes tribais. Por causa disso elas tendiam a ser melhor adornadas do que qualquer outro equipamento militar da época, utilizando partes de metais decorativos no punho, metalografia (escrita em metal) e a técnica metalúrgica conhecida como padrão de soldagem (ing. pattern welding). Esses "padrões de soldagem" remetem a composições de ferro, aço e consequentes (pequeníssimas taxas de tungstênio, fósforo e outros metais extraídos junto com o material primário) de diferentes concentrações, resultando num desenho retorcido e curioso que deixava as espadas com um fio mais poderoso e tornava a lâmina mais flexível e resistente; uma inovação atrativa para época, já que a lâmina não se deformaria, danificaria ou vibraria desconfortavelmente com a mesma frequência ao receber choques mecânicos de outras espadas ou escudos. Uma observação interessante é de que não é possível traçar as raízes ou inspirações externas que permitiram o uso de Padrões de Soldagem nas forjas durante os séculos VI e VII, o que nos dá certo firmamento histórico para concluir a sua descoberta foi um dos poucos méritos europeus da Alta Idade Média. Apesar disso, a evolução metalúrgica na Era Carolíngia colocou as técnicas tradicionais de soldagem em decadência, até desaparecer completamente ao fim da Era Viking.